segunda-feira, 14 de maio de 2012

Arquitetura

(Dudu Costa)

Quando sonho os edifícios
A concreta criatura
Cria em mim seus precipícios
A mais funda formosura

Canto um verso de coluna
Feita a sílaba e fissura
Brotam casas sobre a duna
No deserto a agricultura

O meu corpo é sua planta
Onde a pena faz pintura
Sobre os altiplanos canta
Curvilínea arquitetura

A morada da loucura
Faz projeto nos meus planos
Esquadrinha a estrutura
Alvorece o novo engano

Pode a onda que ressoa
Libertar da escravatura?
Pois o chão que habito voa
Nasce assim uma outra jura

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