(Dudu Costa)
Quando sonho os edifícios
Quando sonho os edifícios
A concreta criatura
Cria em mim seus precipícios
A mais funda formosura
Canto um verso de coluna
Feita a sílaba e fissura
Brotam casas sobre a duna
No deserto a agricultura
O meu corpo é sua
planta
Onde a pena faz pintura
Sobre os altiplanos
canta
Curvilínea
arquitetura
A morada da loucura
Faz projeto nos meus planos
Esquadrinha a estrutura
Alvorece o novo engano
Pode a onda que ressoa
Libertar da escravatura?
Pois o chão que habito voa
Nasce assim uma outra jura
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