terça-feira, 17 de abril de 2012

Alquimia

(Dudu Costa)

A química que come e rói a sílaba
Moléculas da subjetividade
Contém em si o próton da vaidade
Espaço onde este humano amor desaba

Transmutação - essência da alquimia
Degenerescência surda do olfato
Injeta-me a fragrância que de fato
Omite o codinome: - Covardia!

Tento matar o ouro decassílabo
Com minha rima e vil vocabulário
Vou sabotando os versos que carrego

Pudera eu, este ego monossílabo,
Feito um poeta otário. Involuntário!
Ser e não ser na tempestade um cego

Um comentário:

  1. Caro amigo Dudu, cada vez melhor a cínica elegância do seus textos. Um grande abraço

    Mauricio.

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